domingo, 26 de outubro de 2014

MENSAGEM DE CONVOCAÇÃO

No plano superior da vida, tudo acontece de acordo com as leis divinas. Ligados à consciência superior, irmãos do mais alto escol cuidam para que a vontade de Deus se faça na Terra, através do cumprimento de suas leis.
Através da regência messiânica de Jesus, seres de luz cumprem seus comandos espalhados pelas paragens, das mais iluminadas ao grotão mais escuro. Foi assim que, no último dia 07 de setembro de 2014, no raiar do dia sobre a Terra do Cruzeiro do Sul, reuniram-se em cidade espiritual brasileira, um conjunto de espíritos. A data, escolhida pela simbologia histórica, marcava a passagem do desligamento político parcial do Brasil com a nação portuguesa. Tal como já sabem os irmãos, a Terra do pau-brasil foi escolhida pelo Cristo para abrigar o sucesso de sua doutrina, de modo a cumprir as previsões de seu Evangelho, fruto de sua passagem pela Terra.
Foi, portanto, no intuito de fazer orações e receber intuições do alto que nos reuníamos ali, conforme nos fora informado. Aos poucos, fomos tomando o imenso auditório onde cabiam cerca de 10 mil espíritos sentados. No alto, de frente para as cadeiras do auditório, estava esfera luminosa de feitio semelhante ao do plasma sutil, de cor azulada, lembrando, ainda, esfera de cristal translúcido. Abaixo, uma mesa cumprida arrumada sobriamente, esperava o grupo de ministros da luz que dirigem a cidade celestial.
Observei entrar no grande auditório espíritos que contribuíram de modo especial para a construção da pátria brasileira: filósofos, estudiosos, professores, juristas, sociólogos, médicos, enfermeiros e enfermeiras, bandeirantes, jesuítas, membros de igrejas cristãs…
Localizei-me de modo ao acaso (mas atraído por energias afins), junto a outros companheiros artistas. Amigos da jovem guarda e da bossa nova, compositores clássicos e populares, cantores, intérpretes das mais belas canções do cancioneiro brasileiro. Eram, assim, irmãos que, de um modo ou de outro, contribuíram para a construção da cultura do Brasil. Havia também escritores e jornalistas. Enfim, o auditório se enchia de espíritos que, em sua vida carnal, construíram, com suas vidas, a história do Brasil.
Quando o relógio marcou pontualmente à hora da capital brasileira, 8 da manhã, o Ministro, Irmão Clarindo, tomou a palavra e avisou-nos do motivo da reunião.Reuníamos ali, irmãos que animaram personalidades conhecidas na terra, em diversas áreas da atividade humana e, por isso, fôramos convocados para um chamado especial do protetor celestial do Brasil.
O país, explicou o nobre espírito, prepara-se para assumir o papel que lhe foi confiado. Organizações de espíritos que se dedicam ao mal, contudo, movimentavam forças que visam impedir, tal como ocorrera com outras nações da Terra, a efetivação da tarefa nobilitante da pátria.
Legiões inteiras estavam empenhadas na configuração de um mapa do vício e da dependência química, em diversas frentes de ação. Engenheiros químicos e espíritos de antigos curandeiros manipulavam a química do patrimônio biológico, de modo a desenvolver novos e mais potentes tóxicos que contribuiriam para o padecimento de novos irmãos no vício debilitante.
Na esfera governamental, espíritos magnetizadores, obsidiavam mais de 1000 (mil) políticos brasileiros, contribuindo, através da intuição perniciosa e das relações mentais promíscuas, para a continuidade da corrupção degenerativa de recursos e de ações de transformação da pátria brasileira.
Em outra frente da ação tenebrosa, espíritos que antes serviram às igrejas cristãs, juntaram-se a espíritos de militares, responsáveis pelas mais terríveis atrocidades das guerras humanas, para obsidiar irmãos encarnados: pastores, padres, dirigentes de casas espíritas, rabinos e líderes de outras organizações religiosas, de modo a estimular sentimentos sem nobreza, como o ciúme e a maledicência.
A intolerância religiosa é também plano nefasto destrutivo dos irmãos menos cristianizados, estimulados pelos militares sanguinários, na busca da implantação de instabilidade no campo que mais tem caracterizado o país: o convívio harmonioso entre as religiões. Tendo recebido instruções de espíritos que agem em outras regiões do globo nessa área de fomento da guerra religiosa.
Em ação covarde e triste, os irmãos investem, ainda, nas escolas e instituições de ensino, causando a potencialização de comportamentos de desvio de correção, como o uso indevido de verbas, a aplicação de metodologias centradas no cientificismo frio e desumano, na desumanização da educação, afastando o caráter de acolhimento do povo brasileiro, das escolas, o que redunda em novas e mais frequentes violências.
Nas deletérias intenções, seguem os irmãos no campo da ecologia, através da proliferação de ações de degradação dos recursos naturais e gerador de conflitos, atuais e futuros, de populações e irmãos de pátria, pela ocupação da terra, de modo a depauperar a situação já gravíssima dos recursos naturais que se esgotam e interferem no clima.
Parecia bastante emocionado o irmão de luz. Fez pausa longa, na exposição, como que a buscar energia no alto, e voltou a olhar o auditório. Em prece – seguiu ele –pelos irmãos brasileiros, encarnados e desencarnados, que permanecem no intercâmbio deletério e degradante entre os planos da vida, roguemos do alto o amparo e a intuição para que possamos agir na ajuda de nossos irmãos, de modo a contribuir na construção de uma nação brasileira que cumpra a vocação de Pátria do Evangelho de Jesus, que lhe foi confiada.
Nesse momento, fez-se, no auditório, silêncio ainda mais profundo e todos nos entregamos à oração contrita para o alto.
Alguns momentos depois de contemplação e prece, a grande esfera sobre o auditório iluminou-se e formou, aos poucos, a figura de entidade celestial. Desenhada em traços harmoniosos e tranquilos, assemelhando-se à figura paternal que transmite segurança e respeito. Era Ismael, o grande protetor da pátria brasileira.
O querido amigo olhou-nos com um carinho que não consigo descrever em palavras. Em seguida, começou a falar tranquilamente e disse-nos:
Irmãos, não tenham medo. O Mestre Jesus escuta as preces que a Ele se dirigem em favor do Brasil. No dia em que determinou estabelece-se nesses céus e terras o projeto de nação do Evangelho, deu-nos a permissão para que utilizássemos as mais diversas e necessárias ferramentas de defesa. Foram erguidas torres de luz nos quatro cantos do território brasileiro, que impediram sua dissolução e fragmentação e mantiveram a unidade da pátria, que, mais do que o desenho do território, significa a união de um povo que aqui se abriga.
Anjos celestiais têm derramado as energias envasadas desde muito preparadas para os momentos de tormenta e transição. Para cada ação perpetrada pela sombra, há um projeto de emancipação da luz, de modo a contribuir para a consolidação do destino do Brasil, no plano planetário.
Aqui, hoje, neste auditório, reúnem-se almas, luzes de espíritos de diversas classes evolutivas, que dedicaram, durante suas encarnações, suas vidas ao Brasil. Na cultura, na política, na arte, na educação, na medicina, no trabalho, nas mais diversas áreas e setores das atividades humana na Terra.
Vocês todos foram convocados para que, reunidos em grupos de trabalho, possam começar um trabalho de contra-ação das atividades tenebrosas, de modo a anulá-las e para que se cumpra o prazo no cronograma planetário, para a transformação do orbe em planeta de regeneração.
Os educadores desenvolverão novos projetos a serem levados a cabo na Terra para a humanização das escolas brasileiras, retendo o crescimento da violência e desumanização que hoje se opera.Médicos, psicólogos, enfermeiros e químicos deverão desenvolver, conforme a evolução da química planetária, ainda em fase de desenvolvimento, de processos terapêuticos para a contenção da pandemia das drogas. Artistas e irmãos da cultura desenvolverão estéticas nas artes em seus mais diversos modos, de forma a inspirar artistas para o combate às manifestações artísticas que fazem apologia ao crime à degradação da dignidade humana.
Políticos e governantes que contribuíram para o progresso da nação serão instados a desenvolver plataformas de políticas públicas de correção da corrupção e para o desenvolvimento do país. Alguns permanecerão em nossa esfera de atuação e, através da intuição de alguns irmãos que já se encontram encarnados na Terra, ajudá-los-ão no projeto. Outros deverão retornar à Terra e contribuirão com o próprio exemplo e trabalho para a construção do país que desejamos.
O certo é que mantenhamos a fé e o amor, que nos fazem compreender e perdoar nossos irmãos que se dedicam ao mal no planeta. Não os imaginemos inimigos da luz, mas vítimas de si mesmos. Oremos por seus espíritos. É importante, contudo, que atuemos e nos movimentemos, de modo a também fortalecer o bem.
Os tempos são chegados e Jesus, em seu plano planetário, não abre mão de que o Brasil apresente-se para o cumprimento de seu papel de Pátria do Evangelho. Recursos valiosos foram aqui depositados e devem ser honrados com o trabalho e o amor.
O irmão terminou com prece fervorosa para o alto e, desfeita a assembleia, dirigimo-nos aos nossos setores de trabalho, onde recebemos as instruções de nossa participação, para o desenvolvimento das ações e atividades que nos cabem.
O trabalho já começou e estão todos convocados.
Deus seja louvado!
Antônio Carlos Jobim.
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Mensagem recebida em Reunião Mediúnica na Sociedade Espírita Casa de Oração Francisco de Assis, em 15/09/2014.
Médium: Cícero Miranda
Fonte: Radio Boa Nova

domingo, 12 de outubro de 2014

Dia das Crianças e Espiritismo

Origem da data

Cada país convenciona sua própria data para comemorar o dia das crianças. O Brasil escolheu em 05 de novembro de 1924 o dia 12 de outubro para a celebração. Porém a data foi se tornar feriado apenas em 1955, através de uma campanha de marketing promovida pela Estrela S.A e outras empresas do ramo de brinquedos, que revitalizaram o dia 12 de outubro, a ponto de ser transformado em feriado nacional. 
Certo, mas o que significa ser criança para o espiritismo? 

Significado de criança para o espiritismo

Na primeira fase da vida somos crianças. Não por acaso, ao nascer, nascemos pequenos, frágeis e lindinhos. Kardec explica no Livro dos Espíritos, que o esquecimento do passado ocorre de forma providencial na reencarnação da criança, uma vez que, se os pais reconhecem no bebê de colo o inimigo do passado todo o resgate estaria comprometido. A ciência explica que a fragilidade do bebê leva não apenas a mãe, mas todos que o rodeiam a ter cuidados especiais e uma maior atenção.
Conforme cresce, a criança aprende com os pais conceitos de como se portar em sociedade, moral e atitudes. Algumas dessas atitudes são trazidas como parte de sua memória de vidas passadas, necessitando da atenção dos pais para corrigi-las ou incentivá-las.
O tempo passa, e a criança ao entrar na adolescência inicia seu processo de experiências próprias, com base em ensinamentos transmitidos pelos pais e com os apreendidos do convívio social. Cabe mais uma vez a supervisão dos progenitores, para que tudo corra bem, mas agora não na posição de “sabemos o que é melhor para você” e sim de “acho que se você fizesse desse jeito poderia dar certo”.
Ok, e o papel da Doutrina Espírita nessa história?
A Doutrina Espírita não foi feita apenas para uma faixa etária, ou um tipo de cultura. Pelo contrário, seu caráter universal serve como norteador em qualquer momento da vida. Na infância, a Evangelização Infantil, aliada às instruções paternas, desempenham seu papel na formação da criança. O papel do Evangelizador durante a primeira infância é levar às crianças os primeiros sentidos de moralidade e regras de convívio social, segundo o espiritismo.
Dividir brinquedos e atenção com os colegas, o sentido da prece como forma de falar com Deus, a não existência da morte, boas maneiras, respeito aos mais velhos, preservação do meio ambiente, normas de bem estar social. Tudo isso é ensinado. Em um segundo estágio, a criança interage com a escola, e em outras situações com a sociedade. A Evangelização mais uma vez direciona aqueles primeiros aspectos de convívio social, e introduz os primeiros conceitos da reencarnação. Daí para frente caminha-se em direção da filosofia espírita, da reflexão dos ensinamentos da família e do centro comparados com os apresentados pela sociedade e pelas diversas experiências.
Por meio desta conscientização da Evangelização, da família e do contato com o espiritismo desde as primeiras fases da vida, a formação de um homem de bem se encontra a meio caminho andado. Basta então a vontade do indivíduo em fazer o bem. As sementes já estão lá, lançadas pelos pais e evangelizadores.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ame mais!

Seu espírito suplica uma réstia de amor e, em torno, a humanidade aguarda a manifestação da sua capacidade de amar.
André Luiz
Agenda Cristã. Rogativas. Psicografia de Chico Xavier.

domingo, 14 de setembro de 2014

Seminário Juventude Interrompida


 
Nesta obra, temas atuais como aborto, transtornos alimentares e de imagem corporal, suicídio, acidentes, fatalidades, violência doméstica e uso de drogas são abordados em torno de mensagens de 24 jovens que desencarnaram precocemente, vítimas de si mesmos, e que retornam através da mediunidade para nos contar a sua história. Cada tema e relato é analisado por estudiosos e por educadores da infância e da juventude, de forma a afirmar a grandiosa oportunidade de crescimento, maturidade e progresso que a juventude propicia, à luz do conhecimento espírita.
Nesse sentido, foi curioso, e ao mesmo tempo triste, perceber que a maioria dos relatos destacava um retorno ao mundo espiritual realmente antes do tempo previsto no planejamento reencarnatório desses espíritos. Apenas três relatos descreveram que a morte, durante a juventude, estava prevista e era parte de um processo educativo para esses jovens e suas famílias. E todos os demais casos, como entendê-los?
Em cada carta é possível perceber um relato claro, direto, emocionante e, acima de tudo, cheio de vida. O Espiritismo é pródigo ao nos informar que a morte não existe, e que esse processo de retorno ao mundo espiritual constitui, assim, um (re)início. Nossos jovens do além, quando chegaram lá, descobriram que suas vidas estavam apenas recomeçando. E o melhor é que vieram nos contar suas histórias para que possamos, juntos, aprender com os erros e valorizar os acertos. Sempre é tempo de aprender.
Luiz Guilherme Castellani - Coordenador do DIJ da Cejape.

Encontro de Trabalhadores Espíritas


Mais informações: http://www.feees.org.br/

domingo, 7 de setembro de 2014

O Brasil e a sua missão histórica de "Coração do Mundo e Pátria do Evangelho"

Meus filhos:

Prossegue o Brasil na sua missão histórica de “Pátria do Evangelho” colocada no “Coração do Mundo”.

Nem a tempestade de pessimismo que avassala, nem a vaga de dúvida que açoita os corações da nacionalidade brasileira impedirão que se consume o vaticínio da Espiritualidade quanto ao seu destino espiritual. Apesar dos graves problemas que nos comprometem em relação ao porvir – não obstante o cepticismo que desgoverna as mentes em relação aos dias do amanhã – o Brasil será pulsante coração espiritual da Humanidade, encravado na palavra libertadora de Jesus, que fulge no Evangelho restaurado pelos Benfeitores da Humanidade.

Não se confunda missão histórica do País com a competição lamentável, em relação às megalópoles do mundo, que triunfam sobre as lágrimas das nações vencidas e escravizadas pela política financeira e econômica internacional.

Não se pretenda colocar o Brasil no comando intelectual do Orbe terrestre, através de celebrações privilegiadas que se encarreguem de deflagrar as guerras de aniquilamento da vida física.

Não se tenham em mente a construção de um povo, que se celebrize pelos triunfos do mundo exterior, caracterizando-se como primeiro no concerto das nações.

Consideremos a advertência de Jesus, quando se reporta que “os primeiros serão os últimos e estes serão os primeiros”.

Sem dúvida, o cinturão da miséria sócio-econômica que envolve as grandes cidades brasileiras alarma a consciência nacional. A disputa pela venda de armas, que vem colocando o País na cabeceira da fila dos exportadores da morte, inquieta-nos. Inegável a nossa preocupação ante a onda crescente de violência e de agressividade urbana...

Sem dúvida, os fatores do desrespeito à consciência nacional e a maneira incorreta com que atuam alguns homens nas posições relevantes e representativas do País fazem que o vejamos, momentaneamente, em uma situação de derrocada irreversível.

Tenha-se, porém, em mente que vivemos uma hora de enfermidades graves em toda a Terra, na qual, o vírus da descrença gera as doenças do sofrimento individual e coletivo, chamando o homem a novas reflexões.

A História se repete!...

As grandes nações do passado, que escravizaram o mundo mediterrâneo, não se eximiram à derrocada das suas edificações, ao fracasso dos seus propósitos e programas; assírios e babilônios ficaram reduzidos a pó; egípcios e persas guardam, nos monumentos açoitados pelos ventos ardentes do deserto, as marcas da falência pomposa, das glórias de um dia; a Hélade, de circunferência em torno das suas ilhas, legou, à posteridade, o momento de ilusório poder, porém, milênios de fracassos bélicos e desgraças políticas.

As maravilhas da Humanidade reduziram-se a escombros: o Colosso de Rodes foi derrubado por um terremoto; o Túmulo de Mausolo arrebentou-se, passados os dias de Artemísia; o Santuário de Zeus, em Olímpia, e a estátua colossal foram reduzidos a poeira; os jardins suspensos de Semíramis arrebentaram-se e ficaram cobertos da sedimentação dos evos e das camadas de areia sucessivas da história. Assim, aconteceu com outros tantos monumentos que assinalaram uma época, porém foram fogos-fátuos de um dia ou névoa que a ardência da sucessão dos séculos se encarregou de demitizar e de transformar. Mas, o Herói Silencioso da Cruz, de braços abertos, transformou o instrumento de flagício em asas para a libertação de todas as criaturas, e a luz fulgurou no topo da cruz converteu-se em perene madrugada para a Humanidade de todos os tempos.

O Brasil recebeu das Suas mãos, através de Ismael, a missão de implantar no seu solo virgem de carmas coletivos, com pequenas exceções, a cruz da libertação das consciências de onde o amor alçará o vôo para abraçar as nações cansadas de guerras, os povos trucidados pela violência desencadeada contra os seus irmãos, os corações vencidos nas pelejas e lutas da dominação argentaria, as mentes cansadas de perquirir e de negar, apontando o rumo novo do amor para re restaurem no coração a esperança e a coragem para a luta de redenção.

Permaneçam confiantes, os espíritas do Brasil, na missão espiritual da “Pátria do Cruzeiro”, silenciando a vaga do pessimismo que grassa e não colocando o combustível da descrença, nem das informações malsãs, nas labaredas crepitantes deste fim de século prenunciador de uma madrugada de bênçãos que teremos ensejo de perlustrar.

Jesus, meus filhos, confia em nós e espera que cumpramos com o nosso dever de divulgá-lO, custe-nos o contributo do sofrimento silencioso e das noites indormidas em relação à dificuldade para preservar a pureza dos nossos ideais, ante as licenças morais perturbadoras que nos chegam, sutis e agressivas, conspirando contra nossos propósitos superiores.

Divulgá-lO, vivo e atuante, no espírito da Codificação Espírita, é compromisso impostergável, que cada um de nós deve realizar com perfeita consciência de dever, sem nos deixarmos perturbar pelos hábeis sofistas da negação e pelas arengas pseudo-intelectuais dos aranzéis apresentados pela ociosidade dourada e pela inutilidade aplaudida.

Em Jesus temos “o ser mais perfeito que Deus nos ofereceu para servir-nos de modelo e guia”; o meio para alcançar o Pai, Amorável e Bom; o exemplo de quem, renunciando-se a si mesmo, preferiu o madeiro de humilhação à convivência agradável com a insensatez; de quem, vindo para viver o amor, fê-lo de tal forma que toda a ingratidão de quase vinte séculos não lhe pôde modificar a pulcridade dos sentimentos e a excelsitude da mensagem. Ser espírita é ser cristão, viver religiosamente o Cristo de Deus em toda a intensidade do compromisso, caindo e levantando, desconjuntando os joelhos e retificando os passos, remendando as carnes dilaceradas e prosseguindo fiel em favor de si mesmo e da Era do Espírito Imortal.

Chamados para essa luta que começa no país da consciência e se exterioriza na indimensionalidade geográfica, além das fronteiras do lar, do grupo social, da Pátria, em direção do mundo, lutais para serdes escolhidos. Perseverai para receberdes a eleição de servidores fiéis que perderam tudo, menos a honra de servir; que padeceram, imolados na cruz invisível da renúncia, que vos erguerá aos páramos da plenitude.

Jesus, meus filhos – que prossegue crucificado pela ingratidão de muitos homens – é livre em nossos corações, caminha pelos nossos pés, afaga com nossas mãos, fala em nossas palavras gentis e só vê beleza pelos nossos olhos fulgurantes como estrelas luminíferas no silêncio da noite.

Levai esta bandeira luminosa: “Deus, Cristo e Caridade” insculpida em vossos sentimentos e trabalhai pela Era Melhor, que já se avizinha, divulgando o Espiritismo Libertador onde quer que vos encontreis, sem o fanatismo dissolvente, mas, sem a covardia conivente, que teme desvelar a verdade para não ficar mal colocada no grupo social da ilusão.

Agora, quando se abrem as portas para apresentar a mensagem do Cristo e de Kardec ao mundo, e logo mais, preparai-vos para que ela seja vista em vossa conduta, para que seja sentida em vossas realizações e para que seja experimentada nas Casas que momentaneamente administrais, mas que são dirigidas pelo Senhor de nossas vidas, através de vós, de todos nós.

O Brasil prossegue, meus filhos, com a sua missão histórica de “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, mesmo que a descrença habitual, o cinismo rotulado de ironia, o sorriso em gargalhada estrídula e zombeteira tentem diminuir, em nome de ideologias materialistas travestidas de espiritualismo e destrutivas em nome da solidariedade.

Que nos abençoe Jesus, o Amigo de ontem – que já era antes de nós -, o Benfeitor de hoje – que permanece conosco -, e o Guia para amanhã – que nos convida a tomar do Seu fardo e receber o Seu jugo, únicos a nos darem a plenitude e a paz.

Muita paz, meus filhos!

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra

Fonte: http://www.oespiritismo.com.br/textos/ver.php?id1=146