"NASCER, MORRER, RENASCER AINDA E PROGREDIR SEMPRE, TAL É A LEI" Allan Kardec
segunda-feira, 2 de maio de 2016
segunda-feira, 4 de abril de 2016
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
FÉRIAS ESPÍRITAS
Pelo Espírito Albino Teixeira. Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro: Caminho Espírita. Lição nº 77. Página 165.
Dedicamos aos companheiros espíritas algumas sugestões para o tempo de férias:
Viajar se possível, no rumo de instituição consagrada à assistência, cooperando, por alguns dias, no tratamento de irmãos em provas maiores que as nossas como sejam os obsidiados em posição difícil ou os doentes semi-desamparados.
Devotar-se à pregação ou à conversação doutrinária, nos lares de caridade pública, onde estejam irmãos hansenianos, tuberculosos ou portadores de moléstias que requisitem segregação.
Auxiliar, de algum modo, aos que jazem nos cárceres.
Ensinar os princípios espíritas, evangélicos, nas organizações doutrinárias mais humildes, comumente sediadas na periferia de cidade ou vilas, colaborando na sementeira da Nova Revelação.
Executar um programa de visitas fraternas aos paralíticos, cegos, enfermos esquecidos ou agonizantes no local de residência.
Observar com respeito e discrição o ambiente doméstico das viúvas em abandono, enumerando sem alarde as necessidades materiais que aí se destaquem e atendendo-as, quanto seja possível.
Contribuir com algum serviço pessoal para a segurança e conforto do templo espírita que nos beneficia, quais sejam a pintura ou renovação de paredes, a restauração de utilidades, a reparação de livros edificantes ou tarefas concernentes à ordem e à limpeza em geral.
Reunir material de instrução doutrinária, tais como jornais e impressos espíritas, distribuindo-os através de prisões e hospitais, onde permanecem irmãos desejosos de mais amplos conhecimentos.
Costurar para os necessitados, principalmente no sentido de melhorar a rouparia de orfanatos, creches e lares outros de assistência espírita-cristã.
Preparar o enxoval para algum pequenino, em vias de renascer nos distritos de penúria e sofrimento.
Criar a alegria de um enfermo, largado ao próprio infortúnio, ou de uma criança que a provação situou em constrangedoras necessidades.
Pense nas suas férias e não permita que a sua oportunidade de elevação venha a escapar.
"Embora as imperfeições que ainda nos assinalem o espírito, estendamos os ensinamentos de Jesus, onde estivermos e como estivermos. A ânfora de barro tanto carrega a rosa que, um dia, acaba por se lhe impregnar do perfume”. André Luiz & Chico Xavier. Livro: Taça de Luz. Lição: Convite ao Evangelho.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Mecanismos de evasão
SEXTA PARTE
MATURIDADE PSICOLÓGICA
22
Mecanismos de evasão
A larga infância psicológica das criaturas é dos mais graves problemas, na área do comportamento humano.
Habituada, a criança, a ter as suas necessidades e anseios resolvidos, imaturamente, pelos adultos — pais, educadores, familiares, amigos — ou atendidos pela violência do clã e da sociedade, nega-se a crescer, evitando as responsabilidades que enfrentará.
No primeiro caso, porque tudo lhe chega às mãos de forma fácil, dilata o período infantil, acreditando que a vida não passa de um joguete e o seu estágio egocêntrico deve permanecer, embora a mudança de identidade biológica, de que mal se dá conta.
Mimada, acomoda-se a exigir e ter, recusando-se o esforço bem dirigido para a construção de uma personalidade equilibrada, capaz de enfrentar os desafios da vida, que lhe chegam, a pouco e pouco.
Acreditando-se credora de todos os direitos, cria mecanismos inconscientes de evasão dos deveres, reagindo a eles pelas mais variadas como ridículas formas de atitude, nas quais demonstra a prevalência do período infantil.
No segundo caso, sentindo-se defraudada pelo que lhe foi oferecido com má vontade e azedume ou sistematicamente negado, a criança se transfere de uma para outra faixa etária, sem abandonar as seqüelas da sua castração, buscando realizar os desejos sufocados, mas, vivos, quando lhe surja a oportunidade.
Em ambos acontecimentos, o desenvolvimento emocional não corresponde ao físico e ao intelectual, que não são afetados pelos fenômenos psicológicos da imaturidade.
Excepcionalmente, pode suceder que o alargamento do período infantil, por privação dos sentimentos e pelas angústias, produza distúrbios na saúde física como na mental, gerando dilacerações profundas, difíceis de serem sanadas.
Na generalidade, porém, o que sucede são as apresentações de adulto susceptível, medroso, instável, ciumento, que não superou a crise da infância, nela permanecendo sob conflitos lastimáveis.
As figuras domésticas representadas pelo pai e pela mãe permanecem em atividade emocional, no inconsciente, resolvendo os problemas ou atemorizando o indivíduo, que se refugia em mecanismos desculpistas para não lutar, mantendo-se distante de tudo quanto possa gerar decisão, envolvimento responsável, enfrentamento.
Fugindo das situações que exigem definição, parte para as formulações e comportamentos parasitas, buscando nas pessoas que considera fortes e são elegidas como seus heróis ou seus superiores, porqüanto, tudo que elas empreendem se apresenta coroado de êxito.
Não se dá conta da luta que travam, das renúncias e sacrifícios que se impõem. Esta parte, não lhe interessa, ficando propositadamente ignorada.
Como efeito cresce-lhe a área dos conflitos da personalidade, com predominância da autocompaixão, num esforço egoísta de receber carinho e assistência, sem a consciência da necessidade de retribuição.
Não lhe amadurecendo os sentimentos da solidariedade e do dever, crê-se merecedor de tudo, em detrimento do esforço de ser útil ao próximo e à comunidade, esquecendo-se das falsas necessidades para tornar-se elemento de produção em favor do bem geral.
Instável emocionalmente, ama como fuga, buscando apoio, e transfere para a pessoa querida as responsabilidades e preocupações que lhe são pertinentes, tornando o vínculo afetivo insuportável para o eleito.
Outras vezes, a imaturidade psicológica reage pela forma de violência, de agressividade, decorrentes dos caprichos infantis que a vida, no relacionamento social, não pode atender.
Uma peculiar insensibilidade emocional domina o indivíduo, que se desloca, por evasão psicológica, do ambiente e das pessoas com quem convive, poupando-se a aflições e somente considerando os próprios problemas, que o comovem, ante a frieza que exterioriza quando em relação aos sofrimentos do próximo.
O homem nasceu para a auto-realização, e faz parte do grupo social no qual se encontra, a fim de promovê-lo crescendo com ele. Os problemas devem constituir-lhe meio de desenvolvimento, em razão de serem-lhe estímulos-desafios, sem os quais o tédio se lhe instalaria nos painéis da atividade, desmotivando-o para a luta.
Desse modo, são parte integrante da estruturação mental e emocional, responsáveis pelos esforços do próximo e do grupo em conjunto, para a sobrevivência de todos.
O solitário é prejuízo e dano na economia social, perturbando a coletividade.
Fatores que precedem ao berço, presentes na historiografia do homem, decorrentes das suas existências anteriores, situam-no, no curso dos renascimentos, em lares e junto aos pais de quem necessita, a fim de superar as dívidas, desenvolver os recursos que lhe são inerentes e lhe estão adormecidos, dando campo à fraternidade que deve viger em todos os seus atos.
Assim, cumpre-lhe libertar-se da infância psicológica, mediante as terapias competentes, que o desalgemam dos condicionamentos perniciosos, ao mesmo tempo trabalhando-lhe a vontade, para assumir as responsabilidades que fazem parte de cada período do desenvolvimento físico e intelectual da vida.
Partindo de decisões mais simples, o exercício de ações responsáveis, nas quais o insucesso faz parte dos empreendimentos, o homem deve evitar os mecanismos de evasão, assim como as justificativas sem sentido, tais: não tenho culpa, não estou acostumado, nada comigo dá certo, aí ocultando a sua realidade de aprendiz, para evitar as outras tentativas que certamente se farão coroar de êxitos.
A experiência do triunfo é lograda através de sucessivos erros. O acerto, nos primeiros tentames, não significa a segurança de continuados resultados positivos.
Em todas as áreas do comportamento estão presentes a glória e o fracasso, como expressões do mesmo empreendimento.
A fixação de qualquer aprendizagem dá-se mediante as tentativas frustradas ou não. Assim, vencer o desafio é esforco que resulta da perseverança, da repetição, sem enfado nem cansaço.
Toda fuga psicológica contribui para a manutenção do medo da realidade, não levando a lugar algum. Mediante sua usança, aumentam os receios de luta, complicam-se os mecanismos de subestima pessoal e desconsideração pelos próprios valores.
O homem, no entanto, possui recursos inesgotáveis que estão ao alcance do esforço pessoal.
Aquele que se demora somente na contemplação do que deve fazer, porém, não se anima a realizá-lo, perde excelente oportunidade de desvendar-se, desenvolvendo as capacidades adormecidas que o podem brindar com segurança e realização interior.
Todo o esforço a ser envidado, em favor da libertação dos mecanismos de fuga, contribui para apressar o equilíbrio emocional, o amadurecimento psicológico, de modo a assumir a sua humanidade, que é a característica definidora do indivíduo: sua memória, seus valores, seus atos, seu pensamento.
A fuga, portanto, consciente ou não, no comportamento psicológico, deve ser abolida, por incondizente com a lei do progresso, sob a qual todas as pessoas se encontram submetidas pela fatalidade da evolução.
O HOMEM INTEGRAL
DIVALDO PEREIRA FRANCO
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
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