quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo!

Carta de Ano Bom

Entre um ano que se vai
E outro que se inicia,
Há sempre nova esperança,
Promessas de Novo Dia...
Considera, meu amigo,
Nesse pequeno intervalo,
Todo o tempo que perdeste
Sem saber aproveitá-lo.
Se o ano que se passou 
Foi de amargura sombria,
Nosso Pai Nunca está pobre
Do pão de luz da alegria.
Pensa que o céu não esquece
A mais ínfima criatura,
E espera resignado
O teu quinhão de ventura.
Considera, sobretudo
Que precisas, doravante,
Encher de luz todo o tempo
Da bênção de cada instante.
Sê na oficina do mundo
O mais perfeito aprendiz,
Pois somente no trabalho
Teu ano será feliz.
Não esperes recompensas
Dos bens da vida terrestre,
Mas, volve toda a esperança
À paz do Divino Mestre.
Nas lutas, nunca te esqueças
Deste conceito profundo:
O reino da luz de Cristo
Não reside neste mundo.
Não olhes faltas alheias,
Não julgues o teu irmão,
Vive apenas no trabalho
De tua renovação.
Quem se esforça de verdade
Sabe a prática do bem,
Conhece os próprios deveres
Sem censurar a ninguém.
Ano Novo!... Pede ao Céu
Que te proteja o trabalho,
Que te conceda na fé
O mais sublime agasalho.
Ano Bom!... Deus te abençoe
No esforço que te conduz
Das sombras tristes da Terra
Para as bênçãos de Jesus.
XAVIER, Francisco Cândido. Cartas do Evangelho. Pelo Espírito Casimiro Cunha. LAKE

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal!

O Nome de Jesus

Natal é a luz de Deus que nos alcança,
Em casa, triste mãe exclama, reverente:
"Jesus, salva meu filho infeliz e doente,
Em Ti, Senhor, é a nossa última esperança!..."
De vizinha mansão, ouve-se voz pungente:
"Jesus, rogo socorro!... Sei que a morte avança..."
"Jesus, cura meu pai!..." - dizia uma criança,
Mostrando o coração terno e inocente.
Um Juiz, num salão, consulta um livro e pensa:
"Que faria Jesus, lavrando esta sentença?..."
Jesus!... -Um nome só, em milhões de louvores!...
Pastor, que Deus nos concedeu para milênios!...
Natal é a gratidão ao mais sábio dos gênios,
Que nos conduz à paz e afasta as nossas dores.
Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Maria Dolores. Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, pela mediunidade auditiva, em Culto do Evangelho no Lar, em sua residência, na noite de 5 de setembro de 1996, em Uberaba, Minas Gerais.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Cejape - 18 anos


Hoje é dia de alegria!

Hoje a CEJAPE completa 18 anos de serviço no bem! O nosso desejo é que continuemos por muito mais tempo sendo instrumento de Jesus no auxílio ao próximo! Que Ele e os benfeitores espirituais da sua seara, continue nos abençoando nesta caminhada que está apenas começando!

Alegria

Alegria é o cântico das horas com que Deus te afaga a passagem no mundo.

Em toda parte, desabrocham flores por sorrisos da natureza e o vento penteia a cabeleira do campo com música de ninar.

A água da fonte é carinho liqüefeito no coração da terra e o próprio grão de areia, inundado de sol, é mensagem de alegria a falar-te do chão.

Não permitas, assim, que a tua dificuldade se faça tristeza entorpecente nos outros.

Ainda mesmo que tudo pareça conspirar contra a felicidade que esperas, ergue os olhos para a face risonha da vida que te rodeia e alimenta a alegria por onde passes.

Abençoa e auxilia sempre, mesmo por entre lágrimas.

A rosa oferece perfume sobre a garra do espinho e a alvorada aguarda, generosa, que a noite cesse para renovar-se diariamente, em festa de amor e luz.

Autor: Meimei
Psicografia de Chico Xavier

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Amor e Eros


O amor se expressa como sentimento que se expande, irradiando harmonia e paz, terminando por gerar plenitude e renovação íntima. Igualmente se manifesta através das necessidades de intercâmbio afetivo, no qual os indivíduos se completam, permutando hormônios que relaxam o corpo e dinamizam as fontes de inspiração da alma, impulsionando para o progresso. Sem ele, se entibiam as esperanças e deperece o objetivo existencial do ser humano na Terra. As grandes construções do pensamento sempre se alicerçam nas suas variadas manifestações, concitando ao engrandecimento espiritual, arrebatando pelos ideais de dignificação humana e fomentando tanto o desenvolvimento intelectual como o moral. Valioso veículo para que se perpetue a espécie, quando no intercurso sexual, de que se faz o mais importante componente, é a força dinâmica e indispensável para que a vida se alongue, etapa-a-etapa, ditosa e plena. Nos outros reinos — animal e vegetal — manifesta-se como instinto no primeiro e fator de sincronia no segundo, de alguma forma embriões da futura conquista da evolução. Adorna a busca com a melodia da ternura e encanta mediante a capacidade que possui de envolvimento, sem agressão ou qualquer outro tipo de tormento. Sob a sua inspiração as funções sexuais se enobrecem e a sexualidade se manifesta rica de valores sutis: um olhar de carinho, um toque de afetividade, um abraço de calor, um beijo de intimidade, uma carícia envolvente, uma palavra enriquecedora, um sorriso de descontração, tornando-se veículo de manifestação da sua pujança, preparando o campo para manifestações mais profundas e responsáveis. Como é verdade que o instinto reprodutor realiza o seu mister automaticamente, quando, no entanto, o amor intervém, a sensação se ergue ao grau de emoção duradoura com todos os componentes fisiológicos, sem a selvageria da posse, do abandono e da exaustão. A harmonia e a satisfação de ambos os parceiros constituem o equilíbrio do sentimento que se espraia e produz plenitude. A libido, sob os seus impulsos, como força criadora, não produz tormento, não exige satisfação imediata, irradiando-se, também, como vibração envolvente, imaterial, profundamente psíquica e emocional. Quando o sexo se impõe sem o amor, a sua passagem é rápida, frustrante, insaciável... Por outro lado, os mitólogos definem Eros, na conceituação antiga do Olimpo grego, como sendo a divindade que representa o Amor, particularmente o de natureza física. Eros teria nascido do caos primitivo, portanto, espontaneamente, como manifestação da vida afetiva. A partir do século 6º antes de Cristo passou a ser representativo da Paixão, e teria tido uma origem diferente, uma gênese mais poética, comparecendo como filho de Hermes e Afrodite, ou como descendente de Cronos e Gê, ou de Zéfiro e Íris, ou ainda, de Afrodite e Marte... Foi objeto de culto particular e especial em Téspias, Esparta, Samos, Atenas, merecendo esse culto ser associado ao que se dispensava a Afrodite, Cantes, Dionísio e Hércules. Por extensão, passou a representar o desejo sexual, a função meramente decorrente do gozo sensualista, dos prazeres e satisfações sexuais. Posteriormente, os romanos identificaram-no como Cupido, filho de Vênus, inicialmente representado como um adolescente, enquanto na Grécia possuía a aparência de uma criança algo maliciosa, que se fazia conhecer com ou sem asas, arco e flecha nas mãos. Foi tido como o mais poderoso dos deuses durante muito tempo. O importante, porém, é que, em nosso conceito pessoal, o amor transcende os desejos sexuais, enquanto Eros, que pode ser portador de sentimento afetivo, caracteriza-se pelos condimentos da libido, sempre direcionada para os prazeres e satisfações imediatas da utilização do sexo. O amor é permanente, enquanto Eros é transitório. O primeiro felicita, proporcionando alegrias duradouras; o segundo agrada e desaparece voraz, como chama crepitante que arde e gasta o combustível, logo se convertendo em cinzas que se esfriam... Eros toma conta dos sentidos e responde pelas paixões desenfreadas, pelos conflitos da insatisfação, que levam ao crime, ao desar, ao desespero. Tendo, por objetivo imediato e inadiável, o atendimento dos desejos mentais do desequilíbrio sexual, é responsável pela alucinação que predomina nos grupos sociais em desalinho. Assomando em catadupas de posse enceguecida, não confia, envenena-se pelo ciúme, transtorna-se pela insegurança, fere e magoa, derrapando em patologias sexuais devastadoras e perversões alucinantes. O amor dulcifica e acalma, espera e confia. É enriquecedor, e, embora se expresse em desejos ardentes que se extasiam na união sexual, não consome aqueles que se lhe entregam ao abrasamento, porque se enternece e vitaliza, contribuindo para a perfeita união. O amor utiliza-se de Eros, sem que se lhe submeta, enquanto esse raramente se unge do sentimento de pureza e serenidade que caracterizam o primeiro. Os atuais são dias de libido desenfreada, de paixão avassaladora, de predominância dos desejos que desgovernam as mentes e aturdem os sentimentos sob o comando de Eros. Não obstante, o amor está sendo convidado a substituir a ilusão que o sexo automatista produz, acalmando as ansiedades enquanto alça os seres humanos ao planalto das aspirações mais libertadoras. 
 
(Capítulo 2)
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÃNGELIS

domingo, 9 de agosto de 2015

Palesras de agosto

Feliz dia dos Pais

Pensando em Deus, pensa igualmente nos homens, nossos irmãos. Detém-te, de modo especial, na simpatia e no amparo possível, em favor daqueles que se fizerem pais ou tutores. As mães são sempre revelações angélicas de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os pais também amam. Esse perdeu a juventude, carregando as responsabilidades do lar; aquele se entregou a pesados sacrifícios, apagando a si mesmo, para que os filhos se titulassem com brilho na cultura terrestre; outros se escravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidos do refúgio doméstico, às vezes, pelos próprios descendentes, exilados que se acham em recantos de imaginário repouso, por trazerem a cabeça branca por fora, e, em muitas ocasiões, alquebrada por dentro, sob a carga de lembranças difíceis que conservam, em relação aos infortúnios que atravessaram para que a família sobrevivesse, e,ainda outros renunciaram à felicidade própria, a fim de se converterem nos guardais da alegria e da segurança de filhos alheios!... Compadece-te de nossos irmãos, os homens, que não vacilaram em abraçar amargos compromissos, a benefício daqueles que lhes receberam os dons da vida. Ainda mesmo aqueles que se transviaram ou enlouqueceram, sob a delinqüência, na maioria dos casos, nos merecem respeitoso apreço pelas nobres intenções que os fizeram cair. A vida comunitária, na Terra de hoje, instituiu datas de homenagens às profissões e pessoas. Lembrando isso, reconhecemos, por nós, que o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconhecemos também que o Dia dos Pais é o Dia de Deus. Emmanuel Livro: Seara de fé; cap. Dia de Deus Médium: Francisco Candido Xavier

domingo, 21 de junho de 2015

O TESOURO DIFÍCIL

Certo homem interessado no aprimoramento próprio, rogou a Deus lhe permitisse a busca das qualidades nobres que os sábios nomeiam como sendo as que fazem jorrar fontes de luz nas profundezas da lama e, aprovado na solicitação, iniciou o seu longo itinerário no Espaço e no Tempo. De começo, pediu a compreensão da beneficência, nasceu abastado, e, sem dificuldade, repartiu bens e valores diversos, transformando-se em benfeitor da comunidade. Regressou à Vida Maior e solicitou a luz do discernimento; corporificou-se em família generosa que lhe facultou as melhores oportunidades de estudo e adquiriu, sem sacrifício, a faculdade de penetrar o sentido das pessoas e das situações. Em seguida, almejou a aquisição de poderes artísticos e, sem maiores esforços, converteu-se em artista famoso. Logo após, quis o dom da simplicidade; retomou a experiência humana, num lar modesto e aprendeu facilmente a manter-se em paz e alegria com o mínimo de recursos. Sem delongas, pediu o carisma da autoridade e renasceu numa casa que lhe amparou o ideal, auxiliando-o a se fazer respeitável e atencioso juiz. Desejou depois explicar as leis da vida e retomou ao Plano Físico nas condições necessárias e, em curta faixa de tempo, transfigurou-se em nobre orador, elucidando a indagações do mundo sobre as realidades do espírito. Mas, realizadas tantas aspirações, rogou a Deus o tesouro da paciência e, com a Permissão Divina, segundo afirmam dedicados Instrutores Espirituais até hoje, esse mesmo homem já voltou à Terra através de reencarnação a reencarnação, durante oitocentos anos, e, quanto ao tesouro da paciência, nada conseguiu.
Meimei
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro: Escultores de Almas - Espíritos Diversos

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Seminário sobre o livro "Juventude, Sexualidade e Espiritismo - Forças do Ser"



Procure por um par que te veja como uma pessoa para amar, não como um corpo para possuir.
Fonte: adaptado da fala do Dr. Rossandro Klinjey (AME - Campina Grande) durante o seminário "Dependências" ocorrido no MEDNESP 2015.

Pegar? Ficar? Namorar?... Quer conversar mais sobre relacionamentos amorosos? Então venham participar do Seminário sobre o livro "Juventude, Sexualidade e Espiritismo - Forças do Ser", que acontecerá na Comunidade Espírita Jardim da Penha (Rua Odete de Oliveira Lacourt, nº 610 / Loja 02 - Jardim da Penha - Vitória/ES), no dia 04 de julho (sábado), das 14:00 às 18:00.
Estão todos convidados!


sábado, 9 de maio de 2015

Feliz Dia das Mães

RETRATO DE MÃE

Depois de muito tempo,
sobre os quadros sombrios do calvário.
Judas, cego no além, errava solitário...
Era triste a paisagem, o céu era nevoento...

Cansado de remorso e sofrimento,
Sentara-se a chorar...
Nisso, nobre mulher de planos superiores,
Nimbada de celestes esplendores,
Que ele não conseguia divisar,
Chega e afaga a cabeça do infeliz.
Em seguida, num tom de carinho profundo,
Quase que em oração ela diz:
- Meu filho, porque choras?

Acaso não sabeis? – replica o interpelado,
Claramente agressivo.
Sou um morto e estou vivo.
Matei-me e novamente estou de pé,
Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé...
Não ouvistes falar em Judas, o traidor?
Sou eu que aniquilei a vida do Senhor...
A princípio, julguei poder fazê-lo rei,
Mas apenas lhe impus, sacrifício, martírio, sangue e cruz.
E em flagelo e aflição
Eis que a minha vida agora se reduz...
Afastai-vos de mim,
Deixai-me padecer neste inferno sem fim...
Nada me pergunteis, retirai-vos senhora,
Nada sabeis da mágoa que me agita...
O assunto que lastimo é unicamente meu...

No entanto a dama calma respondeu:
- Meu filho, sei que choras, sei que lutas,
Sei a dor que causa o remorso que escutas...
Venho apenas falar-te
Que Deus é sempre amor em toda parte...
E acrescentou serena:
- A bondade de Deus jamais condena:
Venho por mãe a ti, buscando um filho amado.
Sofre com paciência a dor e a prova.
Terás em breve, uma existência nova...
Não te sintas sozinho ou desprezado!

Judas interrompeu-a e bradou, rude e pasmo:
- Mãe? Não venhais aqui com mentira e sarcasmo.
Depois de me enforcar num galho de figueira,
Para acordar na dor,
Sem mais poder fugir à vida verdadeira.
Fui procurar consolo e força de viver.
Ao pé da pobre mãe que forjara o ser !..
Ela me viu chorando e escutou meus lamentos.
Mas teve medo dos meus sofrimentos.
Expulsou-me a esconjuros,
Chamou-me monstro, por sinal
Disse que eu era
Unicamente o espírito do mal,
Intimidou-me a terrível retrocesso,
Mandando que apressasse o meu regresso
Para a zona infernal de onde eu vinha...
Ah ! Detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha...
Não me faleis de mães, não me faleis de amor,
Sou apenas um monstro sofredor...

Inda assim – disse a dama docemente:
- Por mais recuses, não me altero,
Amo-te filho meu, amo-te e quero
Ver-te de novo a vida
Maravilhosamente revestida
De paz e luz, de fé e elevação...
Virás comigo à terra,
Perderás pouco a pouco, o ânimo violento,
Terás o coração
Nas águas de bendito esquecimento.
Numa existência de esperança,
Levar-te-ei comigo
A remansoso abrigo.
Dar-te-ei outra mãe ! Pensa e descansa !...

E Judas neste instante.
Como quem olvidasse a própria dor gigante,
Ou como quem se desgarra
De pesadelo atroz,
Perguntou: - quem sois vós?
Que me falais assim, sabendo-me traidor?
Sois divina mulher, irradiando amor,
Ou anjo celestial de quem pressinto a luz?

No entanto ela a fitá-lo frente a frente,
Respondeu simplesmente:
- Meu filho, eu sou a mãe de Jesus!!!


Do livro "Momentos de Ouro", Maria Dolores (Espírito), Francisco C. Xavier (psicografia)
        

Fonte: http://www.institutoandreluiz.org/retrato_de_mae.html 

sábado, 4 de abril de 2015

Os Simbolismos da Páscoa e o Espiritismo

A palavra Páscoa tem  origem em dois vocábulos hebraicos: um, derivado do verbo pasah, quer dizer “passar por cima” (Êxodo, 23: 14-17), outro, traz raiz etimológica de pessach (ou pasha, do grego) indica apenas “passagem”. Trata-se de uma festa religiosa tradicionalmente celebrada por judeus e por católicos das igrejas romana e ortodoxa, cujo significado é distinto entre esses dois grupos religiosos.
No judaísmo, a Páscoa comemora dois gloriosos eventos históricos, ambos executados sob a firme liderança de Moisés: no primeiro, os judeus são libertados da escravidão egípcia,  assinalada a partir da travessia no Mar Vermelho (Êxodo, 12, 13 e 14). O segundo evento  caracteriza a vida em liberdade do povo judeu, a formação da nação judaica e  a sua  organização religiosa,  culminada com o recebimento do Decálogo ou Os Dez Mandamentos da Lei de Deus (Êxodo 20: 1 a 21). As festividades da  Páscoa judaica duram sete dias, sendo proibida a  ingestão de alimentos e bebidas fermentadas durante o período. Os pães asmos (hag hammassôt), fabricados sem fermento, e a carne de cordeiro são os alimentos básicos.
A Páscoa católica, festejada pelas igrejas romana e ortodoxa, refere-se à ressurreição de Jesus, após a sua morte na cruz (Mateus, 28: 1-20; Marcos, 16: 1-20; Lucas, 24: 1-53; João, 20: 1-31 e 21: 1-25). A data da comemoração da Páscoa cristã, instituída a partir do século II da Era atual, foi motivo de muitos debates no passado. Assim, no primeiro concílio eclesiástico católico, o Concílio Nicéia, realizado em 325 d.C, foi estabelecido que a Páscoa católica não poderia coincidir com a judaica. A partir daí,a Igreja de Roma segue o calendário Juliano (instituído por Júlio César), para evitar a coincidência da Páscoa com o Pessach. Entretanto, as igrejas da Ásia Menor, permaneceram seguindo o calendário gregoriano, de forma que a comemoração da Páscoa dos católicos ortodoxos  coincide, vez ou outra, com a judaica.[1]
Os cristãos adeptos da igreja reformada, em especial a luterana, não seguem os ritos dos católicos romanos e ortodoxos, pois não fazem vinculações da Páscoa com a ressurreição do Cristo. Adotam a orientação mais ampla de que há, com efeito, apenas uma ceia pascoal, uma reunião familiar, instituída pelo próprio Jesus (Mateus 26:17-19; Marcos 14:12-16; Lucas 22:7-13) no dia da Páscoa judaica.[2] Assim, entendem que não há porque celebrar a Páscoa no dia da ressurreição do Cristo.  Por outro, fundamentados em certas orientações do apóstolo Paulo (1 Coríntios,5:7), defendem a ideia de ser o Cristo, ele mesmo, a própria Páscoa, associando a este pensamento importante interpretação de outro ensinamento  de Paulo de Tarso (1Corintios, 5:8): o “cristão deve lançar fora o velho fermento, da maldade e da malícia, e colocar no lugar dele os asmos da sinceridade e da verdade.[3]
Algumas festividades politeístas relacionados à chegada da primavera e à fertilidade passaram à posteridade e foram incorporados à simbologia da Páscoa. Por exemplo, havia (e ainda há) entre países da Europa e Ásia Menor o hábito de pintar ovos cozidos com
cores diferentes e decorá-los com figuras abstratas, substituídos, hoje, por ovos de chocolate. A figura do coelho da páscoa, tão comum no Ocidente, tem origem no culto à deusa nórdica da fertilidade Gefjun, representada por uma lebre (não coelho). As sacerdotisas de Gefjun eram capazes de prever o futuro, observando as vísceras do animal sacrificado.[1]
É interessante observar que nos países de língua germânica, no passado, havia uma palavra que denotava a festa do equinócio do inverno. Subsequentemente, com a chegada do cristianismo, essa mesma palavra passou a ser empregada para denotar o aniversário da ressurreição de Cristo. Essa palavra, em inglês, “Easter”, parece ser reminiscência de “Astarte”,  a deusa-mãe da fertilidade, cujo culto era generalizado  por todo o mundo antigo oriental e ocidental, e que na Bíblia é chamada de Astarote. (…) Já no grego e nas línguas neolatinas, “Páscoa” é nome que se deriva do termo grego pascha.[2]
A Doutrina Espírita não comemora a Páscoa, ainda que acate os preceitos do Evangelho de Jesus, o guia e modelo que Deus nos concedeu: “(…) Jesus representa o tipo da perfeição moral que a Humanidade pode aspirar na Terra.”[3] Contudo, é importante destacar: o Espiritismo respeita a Páscoa comemorada pelos judeus e cristãos, e compartilha o valor do simbolismo  representado, ainda que apresente outras interpretações.  A liberdade conquistada pelo povo judeu, ou a de qualquer outro povo no Planeta, merece ser lembrada e celebrada. Os Dez Mandamentos, o clímax da missão de Moisés, é um código ”(…) de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, caráter divino. (…).”[4] A ressurreição do Cristo representa  a vitória sobre a morte do corpo físico, e anuncia, sem sombra de dúvidas, a imortalidade e a sobrevivência do Espírito em outra dimensão da vida.
Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na sobrevivência para o triunfo da vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor e a justiça regem o ser além do túmulo. Por isso mesmo, atraiam companheiros novos, transmitindo-lhes a convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro.[5]
Os espíritas, procuramos comemorar a Páscoa todos os dias da existência, a se traduzir no esforço perene de vivenciar a  mensagem de Jesus, estando cientes que, um dia, poderemos também testemunhar esta certeza do inesquecível apóstolo dos gentios: “Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo vive em mim.  Minha vida presente na carne, vivo-a no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim”. (Gálatas 2.20)[6]

[1] //pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa Acesso: 27/03/2013.
[2] J.D. Douglas. O Novo Dicionário da Bíblia. Pág. 1002.
[3] Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Q. 625, pág.
[4] Idem. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. I, it. 2, pág. 56.
[5] Francisco Cândido Xavier. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. Cap. 176, pág. 365.

domingo, 15 de março de 2015

Mensagem mediúnica

"Hoje (10/03) em reunião mediunica na casa espírita Obreiros a Caminho da Luz (Rio de Janeiro) através de médiuns trabalhadores da sessão, importantes mensagens de luz e paz foram enviadas pelo plano espiritual.
Preocupados com a situação de desconsolo e tristeza que vive o povo brasileiro, os maiores do plano espiritual enviaram instruções a todos os irmãos partícipe do movimento espírita cristão no sentido de se formar uma corrente composta por centros de luz em todo o nosso país, no sentido de alterar o padrão mental e vibratório do povo desta nação, pátria do evangelho e coração do mundo.
Alertam-nos estes irmãos sobre a onda negativa que paira sobre a nossa pátria, propiciando a formação de clima deletério, similar ao ocorrido na segunda guerra mundial onde a luta espiritual foi maior do que a ocorrida no plano físico e que  levou a humanidade ao sofrimento supremo que todos nós já conhecemos. Nos dizem os orientadores do bem que a prosseguir o clima ora instaurado entre as pessoas; de ódio, vingança, desesperança e pessimismo há que se contar até mesmo com a possibilidade de se ver iniciada uma guerra civil levando  às últimas consequências as mazelas oriundas do fratricídio que ela impõe.
Porém, tendo em conta que somos filhos de Deus, pai infinitamente bom e justo, esta falange de amor nos indica o medicamento perfeito para revertermos as consequências da terrível doença que assola o coraçao do nosso povo: a  prece verdadeira e direta em favor dos nossos desorientados governantes e a mudança imediata do nosso padrão mental  trocando o pessimismo pelo otimismo, a tristeza pela alegria,  o medo pela coragem e principalmente a desesperança pela certeza de que tudo que possa nos acontecer tem a permissão do Pai."

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Palestras de março

Clique na imagem para ampliar
 
Por motivo de força maior, a palestra do dia 01/03 não mais será proferida pelo nosso companheiro Sandro Brasileiro. Convocamos nossa companheira Dalva Silva Souza que, carinhosamente, aceitou nosso pedido. Agradecemos a compreensão! Muita Luz e Paz!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Divaldo Franco e seu legado

Principal médium do país psicografa diante das câmeras do Fantástico

É a primeira vez que Divaldo Franco autoriza gravação de uma reunião mediúnica completa. Médium é considerado o sucesso de Chico Xavier.

VÍDEO (Fonte): http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/02/principal-medium-do-pais-psicografa-diante-das-cameras-do-fantastico.html

O mais importante médium em atividade no Brasil psicografa diante da câmera do Fantástico. É a primeira vez que Divaldo Franco autoriza a gravação de uma reunião mediúnica completa.
Considerado, por muitos, o sucessor de Chico Xavier, Divaldo lidera uma obra social que já tirou 160 mil pessoas da miséria ao longo de seis décadas. Aos 87 anos, ele diz que sua missão está terminando.
O teatro inteiro indo abaixo, como se um ator famoso subisse ao palco. Filas, autógrafos, assédio de escritor de sucesso. Selfies, flashes, comoção, como se fosse um astro do rock. Mas o pop star do espiritismo está longe de ser o que parece.
“E não à toa é um admirador muito grande de São Francisco de Assis. Se eu fosse defini-lo como pessoa, eu diria que ele é um franciscano”, diz a escritora Ana Landi.
Favela do Pau da Lima, Salvador, Bahia. Em meio ao abandono da periferia, um oásis construído ao longo de 63 anos. Um portão azul dá acesso à escola e comida a 3,5 mil crianças pobres. E atendimento médico a 2,5 mil adultos. Todos os dias e tudo de graça.
Quatrocentos voluntários atendem à convocação do fundador. “Nós aprendemos com ele que ajudar o próximo é a maior benção da vida”, conta a pedagoga Clese Cerqueira.
Ele é o médium em atividade mais importante do Brasil. O Fantástico encontrou Divaldo Franco à hora do café da manhã.
Fantástico: Com licença. Muito bom dia.
Divaldo Franco: Bom dia.
Fantástico: Atrapalhar o café? Muito prazer.
Aos 87 anos, Divaldo anda com desenvoltura pela Mansão do Caminho. Uma verdadeira cidade com ruas, casas, biblioteca, hospital, padaria, que ele planejou e ajudou a construir.
Fantástico: Tem cada ladeirão, né?
Divaldo Franco: Tem. Porque eram morros. Isso aqui foi feito à picareta, quando nós começamos.
Fantástico: As ruas foram abertas a picareta?
Divaldo Franco: Tudo a picareta.
“Nunca veio um trator aqui. Isso aqui tudo aqui foi feito no braço, no braço do amor”, diz a professora Nailda Lima.
Nailda tem 70 anos. Chegou à mansão pequenininha, e foi uma das 641 crianças órfãs de quem Divaldo obteve a guarda na Justiça. “Fomos criados com todo o amor, com toda a liberdade de criança”, conta.
Desde a fundação, em 1952, a Mansão do Caminho já tirou 160 mil pessoas da miséria, oferecendo escola e profissão.
Nailda: Me formei em 1968, em professora. A primeira a casar fui eu, com tio Divaldo, onde eu tive essa benção.
Fantástico: Aparece naquela fotografia espiando no quarto. O que ele tá fazendo?
Nailda: Ele está dizendo: ‘você vai dormir aqui’.
Brincalhão, sem dúvida, mas o sempre alinhado Divaldo Franco teria a vaidade dos normais?
Fantástico: O senhor, imagino, pinta o cabelo.
Divaldo Franco: sem dúvida.
Fantástico: É vaidade?
Divaldo Franco: Não. Gosto, me faz bem. E a autoestima me impõe tornar-me menos assustador para os outros. E lembrei que Chico Xavier quando colocou a peruca disse assim: eu não tenho direito de assustar os outros com a minha feiura.
Os dois maiores médiuns brasileiros se conheceram ainda jovens. Foi Divaldo quem procurou Chico. “Ele nunca me tinha visto. E então chegou a mim, estendeu a mão e disse: ‘olá, Divaldo. Como vai?’”, conta Divaldo Franco.
Sempre foram muito próximos. Mas alguns seguidores de Chico acusaram Divaldo de plagiar obras psicografadas pelo médium mineiro. Então Divaldo se afastou deles.
Fantástico: Algumas pessoas que eram ligadas a Chico Xavier torcem um pouco o nariz pra você. Isso é verdade?
Divaldo Franco: É verdade. É natural.
Fantástico: Por quê?
Divaldo Franco: São fenômenos humanos. As pessoas nos veem conforme sua própria ótica.
A escritora Ana Landi, autora da primeira biografia não espírita de Divaldo, que será lançada nesta segunda-feira (23), diz que os dois se reaproximaram. E que depois da morte de Chico, Divaldo fez questão de visitar seus seguidores.
“Como se fechasse um ciclo, né? Em que duas das figuras mais importantes do espiritismo no Brasil e talvez no mundo fizessem as pazes mesmo sem o Chico presente”, diz Ana Landi.
Divaldo Franco rejeita o posto de sucessor de Chico. Diz que é apenas mais um médium. E que afora o dom especial, como se fosse um sexto sentido, o médium é uma pessoa comum.
“Não tem nenhuma característica exterior. Quando, por exemplo, alguém diz que é médium, e tem determinados gestos estranhos, faz caretonas, está arrepiado, isto é um distúrbio do sistema nervoso, nada tem a ver com a mediunidade”, afirma Divaldo Franco.
Divaldo convida o Fantástico para uma reunião mediúnica liderada por ele. É primeira vez que ele autoriza a entrada de uma equipe de televisão. Vários médiuns sentam em volta da mesa. Divaldo fica na ponta.
De acordo com o que os espíritas acreditam, os médiuns recebem comunicações de pessoas que já morreram, dando voz a elas. De olhos fechados, sob a luz de uma lâmpada verde, Divaldo psicografa diante da câmera.
Dois espíritos teriam lhe enviado mensagens. Joana de Ângelis, sua mentora espiritual, e o poeta indiano Tagore, Prêmio Nobel de Literatura de 1913, morto em 1941, que lhe ditou um poema. “As flores juvenis emurcheceram e alcancei a idade adulta em vãs tentativas de encontrar algo que me plenificasse”, lê Divaldo.
Divaldo psicografou 258 livros, que já venderam 10 milhões de exemplares pelo mundo afora. O dinheiro dos livros é todo revertido para as obras sociais. Ele não fica com um tostão. Mora na Mansão do Caminho, e vive com a modesta aposentadoria de funcionário público.
“Nós não temos o direito de viver profissionalmente desse mecanismo de iluminação de consciências”, afirma Divaldo Franco.
A amizade acima da religião o fez aproximar-se de irmã Dulce, a famosa freira católica que ele visitava com frequência. Vendo que ela estava mal acomodada em uma cadeira de madeira, quis dar uma cama de presente. “Porque é tão desconfortável essa cadeira. Ela sorriu e disse: ‘não faça isso. Essa cadeira é missionária’. Com ela eu já consegui dez camas para o nosso hospital. Todo mundo chega, vê, compadece, manda uma cama e eu mando lá para a UTI e fico aqui esperando”, relembra Divaldo.
Essa amizade fácil com outras lideranças é um traço da personalidade conciliatória de Divaldo em que o princípio da tolerância é exercido, digamos, de maneira radical. Noventa por cento das crianças atendidas, que vivem nas comunidades vizinhas, são de famílias católicas ou evangélicas. Não existe nenhum tipo de filtro religioso. O filtro que existe é o da necessidade absoluta.

Ednilson Pereira da Silva: Márcia! Cadê Márcia? Bom dia. Nós somos da Mansão do Caminho.
A missão de Ednilson Pereira da Silva é encontrar as crianças que mais precisam da Mansão do Caminho. “Eu vi uma situação sub humana. Onde é uma casa, se é que nós podemos chamar de casa, um só vão, junto de um despenhadeiro”, conta
Márcia já tem um filho na mansão. “O pai dele rejeitou ele e a Mansão do Caminho que abraçou ele. Foi o pai e a mãe nas horas em que ele estava mais precisando”, afirma Márcia Pinto. E agora quer que seus outros quatro meninos tenham a mesma sorte. “Tudo o que eu quero é meus filhos crescendo em Cristo e ter uma vida melhor do que a minha”, deseja Márcia Pinto.
Márcia é evangélica, mas Ednilson nem quis saber.
Ednilson Pereira da Silva: O nosso objetivo é atender o povo, não a religião.
Fantástico: Você nem perguntou?
Ednilson Pereira da Silva: Não é importante. Não é relevante. Não existe esse item no nosso cadastro.
O próprio Ednilson foi acolhido por Divaldo aos três anos de idade. Estudou e virou padeiro profissional. Por gratidão, visita famílias que podem ter o mesmo destino. “Me sinto gratificado quando vejo aqueles visitados adentrar a Mansão do Caminho. Eu me sinto emocionado com esse trabalho”, conta.
Divaldo diz que sua missão está chegando ao fim.
Fantástico: Você sabe o dia em que vai morrer?
Divaldo Franco: Não, mas sinto que está se aproximando. Aos 87 anos, não se pode esperar muito.
Mas diz que já tem outros livros prontos. Quer garantir a continuidade de projetos como o do hospital de parto natural. “Pariam na rua. Várias vezes demos socorro e pariam dentro da Kombi. Então veio a ideia de fazer o centro de parto e aqui estamos”, conta Divaldo Franco.
O homem que diz conversar com os mortos já trouxe à vida 1,5 mil bebês. É o caso de Murilo que veio ao mundo com 49 centímetros e pouco mais de 3 quilos mostrando para que serve uma vida luminosa.
“Para poder transmitir um pouco de sol. Porque há tantas pessoas em pleno inverno nesses dias de claridade. E passar deixando pegadas que apontam o caminho de felicidade aos que vem atrás”, diz Divaldo Franco.

Mocidade Cejape



Já começaram as atividades do grupo de jovens da Cejape! Todo sábado das 16h ás 17h30min. Venha participar conosco :)

Aberta as inscrições para o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE)

Conceito do ESDE
O Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) surgiu como ferramenta didática de estudo do Espiritismo, oferecendo oportunidade de ampliação do conhecimento da base fundamental da Doutrina nos aspectos científico, filosófico e religioso.
Lançado em 1983, em Brasília, na reunião anual do Conselho Federativo Nacional (CFN), o ESDE busca atender às expectativas do Movimento Espírita quanto à ampliação dos estudos de forma sistematizada nas casas espíritas. Atende também ao objetivo do próprio Espiritismo, que é a transformação moral dos indivíduos a partir da fé raciocinada.
O ESDE é, portanto, um programa de estudo metódico, contínuo e sério da Doutrina Espírita, a ser realizado em grupo privativo, fundamentado nas cinco obras básicas de Allan Kardec - O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Sua ação é complementar a outras realizadas pela instituição espírita, como o estudo das obras básicas e da mediunidade, o Estudo Aprofundado do Espiritismo, a Infância e Juventude, o atendimento fraterno, as ações de assistência e promoção social, constituindo-se em instrumento de preparação de trabalhadores para todas as áreas da casa. (FEB)
 
Início: 02 de março (segundas-feiras). Tomo I (iniciantes) - 19h30min/20h30min; Tomo II - 20h30min/21h30min; Tomo Único - 19h30min/20h30min. Inscrições na recepção da Cejape.
 
 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Provas da reencarnação

Menino de 5 anos assusta ao contar que era mulher morta em incêndio em uma vida passada

Mãe do menino investigou e descobriu uma notícia em que uma mulher chamada Pamela Robinson havia morrido em 1993.
Crianças são criativas e têm boa imaginação. Mas uma americana se assustou depois que seu filho, de apenas 5 anos, passou a contar de lembranças de quando era uma mulher negra. Ele dizia que havia morrido durante um incêndio a um hotel. 
Luke Ruehlman, que nasceu em Cincinnati, nos Estados Unidos, chocou a mãe ao relatar memórias do que seria uma vida passada. "Quando eu era uma menina, tinha cabelos pretos. Eu costumava usar brincos assim quando era menina", contou para susto da mãe. 
Luke surpreendeu ainda mais quando as lembranças passaram a ter mais detalhes. "Eu era Pam, mas morri. Fui para o céu, vi Deus e ele me empurrou de volta para baixo. Quando acordei, eu era um bebê e você me chamava de Luke, contou Erika ao programa de TV Fox8. 
Questionado, o menino disse que tinha 30 anos e que se lembrava do processo para reencarnar, quando teria sido “empurrado de volta para à terra como um recém-nascido”.
Assustada com a quantidade de detalhes nas informações, a mãe do menino decidiu investigar por conta própria e descobriu uma notícia em que uma mulher chamada Pamela Robinson havia pulado de um hotel em chamas, em Chicago, em 1993.
Um canal de TV que apura atividades paranormais resolveu investigar a história. O menino foi colocado diante de imagens de mulheres negras e, segundo o jornal Daily Mail, conseguiu reconhecer Pamela em meio às outras.
 
 
 
A tvmundomaior explica o caso:
 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Erotismo


Numa cultura dedicada quase que exclusivamente ao erotismo é natural que o hedonismo predomine nas mentes e nos corações.

Como decorrência das calamidades produzidas pelas guerras contínuas de devastação com as suas armas inteligentes e destruição em massa, o desespero substituiu a confiança que havia entre as criaturas, dando lugar ao desvario de todo porte que ora toma conta da sociedade.

Sem dúvidas, tem havido um grande desenvolvimento cientifico-tecnológico, dantes jamais sonhado, no entanto, não acompanhado pelos valores ético-morais, cada dia mais negligenciados e desrespeitados pelos indivíduos assim como pelas nações.

A globalização, que se anunciava em trombetas, como solução para os magnos problemas socioeconômicos do mundo, experimenta a grande crise, filha espúria da falência moral de muitos homens e mulheres situados na condição de executivos supremos, que regiam as finanças e os recursos de todos, naufragados por falta de dignidade, ora expungindo em cárceres os seus desmandos, deixando porém centenas de instituições de variado porte na falência irrecuperável.

Como efeito, o sexo tornou-se o novo deus da cultura moderna, exaltado em toda parte e elemento de destaque em todas as situações.

Enquanto enxameiam as tragédias, os crimes seriais como o suicídio imediato dos seus autores, os multiplicadores de opinião utilizam-se da mídia alucinada para a saturação das mentes com as notícias perversas, que estimulam psicopatas à prática de hediondez que não lhes havia alcançado a mente.

Pessoas ditas famosas, na arte, no cinema, na televisão, exibem, sem pudor, as suas chagas morais, narrando os abortos que praticaram, a autorização para a eutanásia em seres queridos que lhes obstaculizavam o gozo juvenil, a multiplicação de parceiros sexuais, os adultérios por vingança ou simplesmente por vulgaridade, os preços a que se entregam, as perversões que os caracterizam, vilipendiando os sentimentos daqueles que os veem ou leem estarrecidos uns, com inveja outros, em lamentável comércio de degradação.

Jovens, masculinos e femininos, exibem-se no circo dos prazeres, na condição de escravos burlescos em revistas de sexo explícito ou em filmes de baixa qualidade, tornando-se ídolos da pornografia e da sensualidade doentia.

A pedofilia alcança patamares dantes nunca imaginados, graças à Internet que lhe abre portas ao infinito, quando pais insensatos vendem os filhinhos para o vil comércio do sexo infanto-juvenil, despedaçando-lhes a meninice que vai cruelmente assassinada.

Por outro lado, a prostituição de menores é cada vez maior, porque o cansaço dos viciados exige carnes novas para os apetites selvagens que os consomem.

E, porque vivem sempre entediados e sem estímulos novos, o alcoolismo, o tabagismo, a drogadição constituem o novo passo no rumo da violência, da depressão, do autocídio.

Vive-se, neste momento, a tirania do sexo em exaltação.

As dolorosas lições do passado, de religiosos que não se souberam comportar, desrespeitando os votos formulados, que desmoralizaram as propostas doutrinárias das crenças que abraçavam, o disfarce, a hipocrisia, ocultando as condutas reprocháveis, geraram tal animosidade às formulações espiritualistas, com as exceções compreensíveis, que os jovens não suportam, sequer, referências aos valores do Espírito imortal.

Somente há interesse pelos esportes, particularmente por aqueles de natureza física, no culto apaixonado pela beleza e pela estética de que se tornam escravos por livre opção.

Num período, porém, em que uma boneca serve de modelo, ao invés de haver copiado um ser humano, exigindo que cirurgias corretoras modifiquem a aparência de algumas mulheres, a fim de ficarem com as medidas do brinquedo erótico, é quase normal que haja um verdadeiro ultraje no que diz respeito aos valores reais da vida.

A desconsideração de muitos governantes em relação ao povo que estorcega na miséria, faz que as favelas e os morros vomitem os seus revoltados habitantes para as periódicas ondas de arrastão que estarrecem.

Sucede que o bem não indo ao seu encontro, tem que enfrentar o mal que prolifera e que desce do lugar em que se homizia buscando solução, mantendo comportamentos selvagens.

As cidades, grandes e pequenas, tornam-se praças de guerras não declaradas, porque as necessidades dos sofredores não são atendidas e alguns poderosos que governam, locupletam-se com os valores que deveriam ser destinados à educação, à saúde, ao trabalho, ao recreio dos cidadãos...

É compreensível que aumentem as estatísticas das enfermidades dilaceradoras como o câncer, a tuberculose, as cardiovasculares, a AIDS, outras sexualmente transmissíveis, as infecções hospitalares, dentre diversas, acompanhadas pelos transtornos psicológicos e psiquiátricos que demonstram o atraso em que ainda permanecem as conquistas na área da saúde, embora as suas indescritíveis realizações.

* * *

O ser humano estertora...

Em razão da falta de orientação sexual, nestes dias de disparates, a gravidez entre meninas desprevenidas aumenta de forma chocante, como fruto de experiências estimuladas pela vulgaridade, sem qualquer preparo para a maternidade, jogando nas ruas diariamente crescente número de abandonados...

Faltam programas de orientação moral, porque o momento é de prazer e de gozo, condenando a maioria dos incautos ao desespero e à ilusão.

Ainda se prolongará o reinado erótico por algum tempo, até o momento quando as Divinas Leis convidem os responsáveis pelo abuso ao comedimento, à reparação, encaminhando-os para mundos inferiores, onde se encontrarão sob a situação de acerbas aflições, recordando o paraíso que perderam, mas que podem alcançá-lo novamente após as lutas redentoras.

Especialmente nesta hora chegou à Terra o Espiritismo, a fim de convidar as criaturas desnorteadas a encontrar o rumo nos deveres éticos, restaurando a paz e a alegria real nos corações, sem a música mentirosa das sereias mitológicas...

Restaurando a palavra de Jesus, propõe uma revisão ética dos postulados do Cristianismo também ultrajado, a fim de que se revivam os comportamentos de Jesus e dos Seus primeiros discípulos, dando lugar à lídima fraternidade, à iluminação de consciências, ao serviço da caridade.

Mantém-te vigilante, a fim de que não te iludas nem enganes a ninguém, contribuindo com a tua parte, por mais modesta que seja, de modo a fazer instalar-se a era do amor pela qual todos anelam.


Joanna de Ângelis.
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 19 de maio de 2009, na residência de Josef Jackulak, em Viena Áustria.
 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Estudos oferecidos pela FEB. Participe!

 
 
 
Conheça o Espiritismo – para Crianças, um folheto de rico conteúdo a ser trabalhado na Evangelização infantil nos centros espíritas, e com pais e filhos na educação no lar. Confira esta produção, visualize-a, compartilhe e faça download do material. Disponível em: http://www.febnet.org.br/blog/sem-categoria/conheca-o-espiritismo-para-crianlcas/
 
Fonte:http://www.febnet.org.br/
 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O mundo precisa de histórias felizes

Mulher abrigou mais de mil presos considerados perigosos e acha que fez pouco
O modelo de ressocialização de presos criado por dona Maria se transformou no Patronato Lima Drummond.
Por olhos clarinhos por causa do tempo, passam tantas lembranças, tanta coragem, tanta solidariedade. Por caminhos protegidos por árvores, passam tantos homens, tantas histórias, tanta superação.
Histórias de gente que pouca gente quer por perto, mas que em um casarão encontraram alguém que deu a mão, porque não acreditava que eles eram irrecuperáveis. Acreditava sim, na bondade deles.
Nem todo mundo abre as portas de casa para receber desconhecidos. Ainda mais quando esses desconhecidos foram condenados porque cometeram algum tipo de crime. Parece impossível, mas acredite: foi o que uma mulher fez sozinha em 1941. Uma atitude corajosa e fora dos padrões para a época. Esse ato de generosidade ajudou a recuperar milhares de homens.
O nome dela é Maria Ribeiro da Silva Tavares. Idade: 102 anos. Uma mulher adiante do seu tempo. A dona Maria foi a primeira mulher a entrar em uma penitenciária no Rio Grande do Sul para ajudar.
Viúva, com 24 anos e dois filhos para criar, conseguiu convencer as autoridades. Tirou 36 detentos do regime semiaberto. Levou para casa e ajudou cada um a encontrar trabalho.
Globo Repórter: Nunca teve medo?
Maria Tavares: Não. Medo de quê? Todos são bons.
Dona Maria sempre escolheu os presos mais perigosos e tirou deles, homens marginalizados, o que tinham de melhor. É o caso de um homem que não quis se identificar.
Ele era um criminoso de alta periculosidade, passou quatro anos em regime fechado e foi para o semiaberto. Fugiu duas vezes. Mas um dia recebeu um convite de dona Maria Tavares para irem juntos a uma missa.
“Ela falou que a pessoa, por mais ruim que seja, tem algo de bom dentro dela. Falando uma palavra assim, bonita, acho que dá uma linha para pessoa já pescar e já começar a fazer as coisas direito, caminhar pelo caminho mais correto”, avalia o homem.
Era o início de uma nova vida. O homem considerado perigoso tirou documentos, arranjou emprego e reencontrou a família de oito filhos.
Globo Repórter: Foi ela que localizou, que ajudou a localizar todos os seus filhos?
Homem: Sim, foi a dona Maria.
Globo Repórter: O que você sente por ela?
Homem: A dona Maria... O que dá pra dizer? Acho que dá pra dizer que eh a segunda mãe, com certeza. Não se começa nada sozinho. Com todo esse apoio da dona Maria eu aprendi a ser generoso comigo mesmo.

O modelo de ressocialização de presos criado por dona Maria se transformou no Patronato Lima Drummond. Parece ser uma casa comum, com um enorme pátio. As grades no corredor que dá acesso aos quartos nem parecem que estão lá por questões de segurança.
O albergue tem os menores índices de fugas, quando comparado a outras casas prisionais. Hoje são os funcionários da superintendência de serviços penitenciários que cuidam dos 76 presos.
“Aqui a gente entra dentro do Patronato e, com a presença física da dona Maria, nós já temos um olhar diferente para com o preso. Nosso trabalho aqui, no momento em que recebemos ele, sem se preocupar com o que  ele fez lá fora, tratamos ele como cidadão, orientando, encaminhando para trabalho. É uma vida aqui para fora. Aí ele é cobrado”, conta Sirlei Hahn, diretora da Fundação Patronato Lima Drummond.
Muitos ex-detentos nunca mais se desligaram do patronato e da dona Maria. Sempre voltam, como quem visita a família.
Sérgio Scola, detento em regime aberto: Marcou a minha vida. A gente não vê as pessoas fazerem isso. A história de ela ser a primeira assistente social a entrar num presídio naquela época, trazer os presos para dentro da casa dela! A gente fica pensando isso tem que ser alguma coisa dada por Deus para ter essa iniciativa que nem a da dona Maria.
Globo Repórter: Não parece verdade, não é?
Sérgio Scola: É, não parece verdade. É muito bom assim. O patronato marcou muito a minha vida, porque, quando sai de lá assim, sai meio assustado, não sabe como você vai encarar o mundo, porque lá é um outro mundo.
E assim segue a vida no casarão que mais do que um símbolo do tempo de abundância é um símbolo de amor e generosidade ao outro. Hoje em dia, dona Maria não tem mais dinheiro e espera restauração desse patrimônio espiritual.
Os olhos de dona Maria continuam a observar tudo por lá. Ela mora em uma casinha azul construída dentro do albergue e, mesmo com a saúde frágil, de cadeira de rodas, ainda participa da vida da instituição.
Roberto Sotello, ex-presidário há 14 anos, é o cuidador de dona Maria.
Globo Repórter: A senhora fez o que queria na vida?
Dona Maria: Mais ou menos.
Globo Repórter: O que faltou?
Dona Maria: Terminar aqueles que eu não pude ajudar.
Globo Repórter: Do que a senhora gosta?
Dona Maria: De ver o bem. Aqueles que estiveram mal e agora fazem o bem.
Roberto Sotello: É fácil se emocionar com a senhora?
Dona Maria: Por quê?
Roberto Sotello: Tanta coisa boa que a senhora faz para gente...
Dona Maria: O que eu fiz?
Roberto Sotello: O que a senhora fez? A senhora recuperou muita gente.
Dona Maria: Tem muitos que eu falhei.
Roberto Sotello: Não falhou, não. A senhora está sendo modesta, a senhora está ajudando ainda.
Percorrendo os caminhos do albergue, é possível ver as paredes de uma pequena capelinha. Diz a lenda que dona Maria só pretende partir depois que ela estiver pronta. E todos torcem por lá para que esta obra nunca termine.

Veja o vídeo (fonte): http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2013/12/mulher-abrigou-mais-de-mil-presos-considerados-perigosos-e-acha-que-fez-pouco.html